À CONVERSA COM ANTÓNIO SILVA

Acima de tudo poesia!

António José da Silva é uma pessoa honesta e ambiciosa. Gosta de passear e conviver com os seus amigos. É empresário em nome individual (prestação de serviços), representante da Chiado Editora e da Associação Portuguesa de Poetas e, é sócio da Associação Portuguesa de Escritores. Publicou com a Chiado Editora três livros: "O rosto da poesia", "Varanda dos Carqueijais" e "Chuva de mel". Assinou três antologias: "Entre o sono e o sonho" - volumes IV - V - VI, também com a Chiado Editora, e XIV volume da Associação Portuguesa de Poetas. Todos os seus livros foram apresentados na TVI por Marcelo Rebelo de Sousa.

Débora: Qual é o livro que mais gostou de ler até hoje?

António: Por exemplo "Poemas para Leonor" de Maria Teresa Horta.

Débora: Quando é que começou a escrever?

António: Parece que nasci com o dom de escrever (dizem). Sempre fui publicando poemas em jornais e revistas, ao longo do tempo. Enchia sebentas de poemas nas horas de ócio e de tranquilidade.

Débora: Quando é que surgiu a oportunidade de publicar poemas em jornais e revistas?

António: Anos 60 – Suplemento Juvenil de Alice Vassalo Pereira (Diário Popular). Também em Jornais Regionais.

Débora: No que se inspira para escrever?

António: Inspiro-me na mulher. Na sua beleza e sensualidade. Nos seus traços, e em tudo o que ela representa. Inspiro-me na natureza, às vezes na contestação social. Nas carências universais, e nas intestinais lutas por um mundo novo. Depois da inspiração, pinto as palavras no poema, porque o poeta, é um pintor de palavras.

Débora: Como é que surgiu o primeiro livro?

António: O meu primeiro livro "O rosto da poesia", que teve contracapa da Clara Pinto Correia, foi uma compilação de poemas seleccionados já escritos, e outros que escrevi depois. Foi uma experiência bem conseguida, com grande adesão popular.

Débora: Qual é o livro que mais gostou de escrever e porquê?

António: O primeiro, obviamente. Não há amor como o primeiro (diz a profecia), mas também não há livro como o primeiro (diz a sabedoria)... Foi o livro que mais gostei de escrever, porque, e citando ainda a sabedoria popular, já tinha plantado uma árvore, feito um livro, faltava só esse desiderato.

Débora: O que mais gosta nos seus livros?

António: O erotismo que aplico nos meus poemas em ziguezagueante jogo de palavras.

Débora: Então não mudava nada nos seus livros?

António: Não mudava rigorosamente nada!...

Débora: Qual foi a sensação de ter pela primeira vez um livro da sua autoria nas mãos? Como descreve esse momento?

António: Foi como se tivesse feito o meu primeiro filho, ou plantado a minha primeira árvore...

Débora: O que diz o seu coração?

António: O meu coração diz poesia, porque a poesia também bate compassadamente. O meu coração multiplica-se em odes de sensibilidade - pela vida, pelas coisas, pelo amor!...

Débora: O que gostaria de dizer para finalizar esta entrevista?

António: Que fico muito contente, se gostarem do que leram.

Débora: Obrigada, muito sucesso para si!

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Foto: Concebida pelo autor

By: Débora Macedo Afonso